Narradores do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia participam do festival que começa neste sábado (6 de agosto).
O 11ºECOH- Encontro de Contadores de Histórias de Londrina é um convite para se divertir e aprender com narrativas multiculturais.
Depois de dois anos de isolamento por conta da pandemia, a programação presencial será intensa.
Neste sábado (6 de agosto) tem a festa de abertura no Aterro do Lago Igapó, a partir das 4 da tarde.
Segunda-feira (8 de agosto) começa uma série de 26 apresentações em escolas e creches da rede municipal de educação.
A programação aberta ao público em geral tem 4 espetáculos em teatros a partir de terça (9 de agosto), com opções para todas as faixas etárias, desde crianças pequenas até os adultos.
No sábado (13 de agosto), tem ainda lançamento de livro, performance e espetáculo ao ar livre.
Entre os 18 artistas e companhias convidados estão narradores das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.
No total, até 19 de agosto, vão ser 38 apresentações gratuitas.
A programação completa está disponível no site ecoh.art.br.
Haverá ainda atividades formativas para artistas, educadores e demais interessados em narrativa oral.
As oficinas conduzidas por autores, pesquisadores e contadores serão on-line no período de 20 de agosto a 10 de setembro.
Entre os temas: educação antirracista, o poder da palavra, o ofício do narrador, memória e intimidade no contar histórias. Os ingressos estão disponíveis na plataforma de eventossympla.com.br.
Festa de abertura
Na abertura do festival o grupo Canastra Real, de Salvador (BA), traz o baile-espetáculo carnavalesco Folia Crianceira: o baile do cancioneiro brincante para pipocar.
O desejo dos baianos é despertar alegria de criança em pessoas de todas as idades.
(Leia no site do ECOH a entrevista com o músico e vocalista do grupo, José Rego, o Pinduka)
A apresentação marcada para o sábado, 6 de agosto, às 16h, será no palco montado no Aterro do Lago Igapó (Rua Joaquim Matos Barreto, próximo ao número 1400).
A organização do evento recomenda que o público leve água, repelente de insetos, cadeira de praia ou pano para estender no chão e se sentar.
ECOH nas escolas públicas
O reencontro com os alunos da rede municipal de ensino começa na segunda-feira (8 de agosto).
Creches e escolas vão receber os artistas para 26 apresentações.
O festival oferece a experiência da narrativa artística para as crianças da rede pública desde 2011, mas a pandemia interrompeu esse convívio por dois anos.
Nesta retomada, os alunos vão se divertir e aprender com um repertório rico em diversidade.
A Escola Municipal Maestro Andrea Nuzzi, no Jardim Igapó, Zona Sul da cidade, com 165 alunos entre 6 e 11 anos de idade, será uma das primeiras a receber os contadores.
A coordenadora pedagógica da escola, Louana Sesy Rodrigues, avalia que as atividades do ECOH são ainda mais oportunas neste momento que ainda é de readaptação ao ambiente escolar.
“Notamos que houve prejuízo na autonomia e na capacidade de socialização das crianças por causa do longo período de afastamento na pandemia. Parar para ouvir uma história e interagir com os narradores vai ajudar. Inclusive contribui para outras atividades que planejamos para este semestre, como o projeto de cada criança escrever a sua própria história, aprendendo a contá-la para os outros.”
Programação aberta
O ECOH ocupa teatros e outros espaços com apresentações abertas ao público em geral.
Neste ano serão 4 espetáculos em teatros e 2 ao ar livre em apenas uma semana (8 a 13 de agosto).
No dia 9 de agosto (terça-feira) a atração é A Arte de Governar a Si Mesmo, com a atriz e pesquisadora Daniella D’Andrea (RJ). O espetáculo é para o público adulto e será apresentado às 19h30, na Casa de Cultura da UEL – Divisão de Artes Cênicas Av. Celso Garcia Cid, 205, Centro).
A narrativa artística foi construída a partir da reflexão sobre a palavra governo. Questiona o que é um bom governo de si e dos outros, a partir de histórias clássicas e conteúdo filosófico.
Nhanderuvuçu, o menino trovão, é a história que o Grupo Manuí (SP) apresenta no dia 10 de agosto (quarta-feira), emduas sessões(15h e 19h30), no Teatro AML (Praça 1º de Maio, em frente a Concha Acústica, Centro).
Baseado na obra “A voz do trovão”, do ambientalista Kaká Werá, o espetáculo trata do mito guarani da criação contando a saga de Nhanderuvuçu, o primeiro ser humano feito por Tupã, o Criador. A versão que o público londrinense vai ver é um híbrido de teatro e cinema. A classificação indicativa de faixa etária é livre.
Dia 11 de agosto (quinta-feira), a Cia. Solo (RJ), apresenta Contos orientais no Teatro da AML, também em duas sessões (15h e 19h30). O desejo de oferecer ao público em geral, especialmente às crianças, a oportunidade de conhecer um pouco da cultura oriental fez o ator e palhaço Gabriel Sant’Anna, selecionar as narrativas que compõem o roteiro desse espetáculo.
No palco ele usa objetos sonoros para encenar O quebrador de pedras, conto judaico, O monge e o escorpião, conto budista e Hurashima e a tartaruga, do Japão. A classificação indicativa é livre.
O ator e professor Paulo Federal (SP) participa do ECOH com Histórias de Palhaço. A proposta é apresentar com delicadeza a figura amada, mas também temida do palhaço para crianças pequenas, a partir de 3 anos de idade.
O espetáculo que tem como protagonista o Palhaço Adão será no dia 12 de agosto (sexta-feira), em duas sessões (15h e 19h30), também no Teatro AML.
O ingresso para os espetáculos devem ser retirados no local da apresentação a partir de uma hora antes do início do espetáculo.
A capacidade do Teatro AML é de 126 pessoas na plateia. Na Casa de Cultura da UEL – Divisão de Artes Cênicas são 100 lugares.
ECOH na praça
O 11º ECOH terá ainda o lançamento do livro O Palhaço de Rua – Experiência de um Artista Latino-Americano, de Rafael de Barros, no dia 13 de agosto (sábado), a partir das 11 horas, na Vila Cultural Alma Brasil (R. Argentina, 693, Vila Larsen 1).
A obra é resultado da pesquisa de mestrado do autor no curso de Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Barros começou a carreira artística em Londrina. Aprendeu a ser palhaço de rua nas praças e no Calçadão da cidade. Ele fará uma performance com duração de 15 minutos durante o lançamento da obra.
Na sequência uma das narradoras mais queridas dos londrinenses, a paulista Kiara Terra, apresenta seu mais novo espetáculo Niangara Shena Zinbabwe, parte do ciclo Decolonizando Olhares, Histórias para lembrar mundos. A apresentação é para crianças e adultos.
Kiara que hoje vive em Portugal esteve presente em quase todas as edições do ECOH e fala com alegria sobre voltar a Londrina.
“Eu estou muito contente de voltar para o ECOH. Gosto muito desse festival. Acompanho desde a primeira edição e para mim é o meu festival mais querido de todos que existem no Brasil. Eu me identifico muito com as pessoas, com o modo de trabalhar. Acho que o ECOH faz escolhas muito abertas, muito plurais e fico muito feliz de voltar. Para mim vai ser muito emocionante. A última história que apresentei presencialmente antes da pandemia foi no ECOH. Então esse retorno para mim está sendo muito esperado e estou muito, muito feliz.”
Apoio
O 11° ECOH tem o apoio institucional da Copel – Companhia Paranaense de Energia e é um projeto aprovado pelo Programa Estadual de Fomentoe Incentivo à Cultura (Profice), da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Governo do Estado do Paraná.
O projeto conta ainda com o apoio da Casa de Cultura da UEL – Universidade Estadual de Londrina, Espaço AML Cultural, Prefeitura Municipal de Londrina | Secretaria Municipal de Cultura, Sesc Paraná, Vila Cultural Alma Brasil, Vila Cultural Casa da Vila e Livraria Olga.
Programação completa
Entrevistas
Claudia Silva, coordenadora geral (43) 9 9632-9180
Assessoria de Imprensa
TP1 Comunicação / Christina Mattos (43) 9 9156-9145