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“Tampinha”, uma heroína minúscula em tamanho e imensa em coragem!

Uma garotinha tão, tão, mas tão pequenina que basta alguém espirrar para ela sair voando.  O que tem de minúscula, tem de coragem.  Tampinha é a heroína desta história livremente inspirada no conto homônimo de Ângela Lago.  Quando Bonito, o mocinho da história adoece, é ela quem, devidamente orientada pela sabedoria ancestral da avó, sai em seu socorro. Em um barco de papel Tampinha atravessa um rio e seus perigos e vive várias aventuras para salvá-lo. Tampinha ganha vida em forma de andoche, um tipo de boneco pequeno movido pelas pernas, pelos dedos indicador e médio de quem manipula, lembrando mesmo uma brincadeira de criança.

Para o formato audiovisual, a história, que já era contada presencialmente por Vanessa Nakadomari, passou por reformulações de linguagem e de estrutura. No vídeo, gravado em uma praça, é priorizada a relação da boneca com o ambiente, destacando seu tamanho pequeno em comparação ao gramado, árvores, bancos e o parquinho. A escolha da contadora por levar a história para este ambiente realista se deu pelas novas possibilidades visuais que o vídeo proporciona. Ainda, é uma forma de aproximar a boneca da ideia da brincadeira, em um espaço onde comumente há muitas crianças brincando. A relação do andoche com um espaço que abriga essas brincadeiras aproxima a Tampinha da ideia original do brinquedo que lhe dá vida.

Seguindo com essa proposta, os outros elementos que aparecem no vídeo também remetem ao universo da infância. Fantoches de papel, desenhos recortados, produzidos de forma simples, a fim de compor um arsenal de brinquedos feitos à mão e que podem ser levados aos espaços de brincadeira também pelas crianças que assistirem à história.

Vanessa Nakadomari

Bacharel em Estudos Literários pelo curso de Letras Vernáculas e Clássicas da Universidade Estadual de Londrina. Iniciou o estudo de teatro em 2005 e atualmente é atriz da Cia Boi Voador, grupo com o qual começou a pesquisa em contação de histórias, dando continuidade, posteriormente, em trabalhos solos, como o Aguaceiro e a Tampinha. Já ministrou diversas atividades formativas para crianças, com ênfase na formação teatral na infância

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